Correr sem marcar: uma nova experiência

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A tecnologia tem muitos pontos positivos inegáveis para o corredor de rua. É através dos famosos aplicativos de marcação de trajeto que podemos nos programar quanto aos KM, saber o pace e mensurar o desempenho em dados estatísticos dos treinos. Ou das provas, muito importante para muitos.

Entretanto, você já parou para pensar no quanto depende deles? Parece brincadeira, mas corredores já deixaram de sair de casa porque o relógio com GPS não funcionou bem ou o aplicativo não funcionou. Ou há quem fique muito chateado quando o aplicativo não marca e não pode comprovar o treino.

O vício em marcar a corrida existe!

A tecnologia ajuda, mas também vicia. Muitos ficam nervosos quando não encontram o celular em casa e acreditam que o perderam na rua ou foram furtados. Outros exibem mau humor notório quando, ao final do treino, a corrida não foi marcada. Isso é vício.

O vício em tecnologia é considerado o mal do século XXI e se estende a todas as áreas da nossa vida. E chegou na corrida de rua. Estudo divulgado pelo Hootsuite revelou que o brasileiro é o segundo povo mais viciado em tecnologia do mundo! E passamos mais de 6 horas diante de uma tela. Está justificado por que você não larga seu Nike Run e ou Strava, não é mesmo?

Essa que vos escreve é fotógrafa de corrida de rua e já registrou ao menos umas 200 fotos de chegadas de corredores com o dedo no relógio em um único evento, sem curtir o momento de passar no portal. E também já foi flagrada em imagens fazendo isso ao fim da corrida (e não foi só uma vez, eu admito).

A tecnologia está para nos ajudar e tem seu valor na corrida de rua. Nada melhor que comparar seus treinos no Strava de dois meses atrás e saber se teve evolução ou está em declínio. É importante sim! Mas, quando uma pessoa deixa de sair de casa para treinar porque a bateria do aparelho está em 5% e não conseguirá gravar o treino todo, estamos diante de um vício.

A experiência de correr sem relógio

Convido a todos a uma nova experiência: treinar sem relógio de corrida, sem celular. Sem tecnologia. Foi assim que a corrida começou e ela ainda não necessita de tecnologia para continuar.

Curta uma experiência pessoal de sentir o ambiente, olhar ao redor e não analisar seu pace ou se seu tempo está aumentando na corrida. Siga o nosso amigo CH, entrevistado do primeiro Papo Corrida ao vivo, e faça uma planilha mental. Planeje seu percurso e pode até analisar antes de sair de casa para ter uma média de quilômetros, e só. No mais, curta.

Deixe o celular em casa sem medo de ser feliz ou o relógio guardado por um dia. Sinta mais seu corpo sem olhar um visor, ouça o ambiente e se jogue no esporte por esporte. Em sua forma mais simples e crua.

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